quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Quem há de lembrar da pátria amada quando tocarem em seus pertences?
Quem há de levar os filhos à escola quando descobrirem que não são seus?
Quem há de se sentir culpado quando o irmão é criminoso hediondo?
Quem há de vender a alma para Lúcifer se já nasceu sob pé-direto alto?

Quem há?

As respostas são sempre paliativas.

Quem há de conotar para conquistar a mulher amada?
Quem há de denotar para conquistar a riqueza desejada?

Seremos todos ou seremos um?

Quantos?

Quem há de seguir ambições egoístas em busca do bem comum?
Quem há de se enganar para alcançar prazer legítimo?
Quem há de almejar a narrativa perfeita?

As respostas são sempre paliativas.

Durmo e acordo outro.

Quem há que nunca mais dormiu?